terça-feira, 31 de julho de 2012

Amor Imotal


quando falo em GRÊMIO me sinto como se falasse em Deus, na minha família, na minha infância, porque eu me orgulho disso, me arrepio sempre que falo nisso, preciso disso, se faz essencial na minha existência.
Nossa que ridículo pensou um colorado agora, eu sinto a mesma coisa disse algum gremista... eu trago essa paixão de criança, uma criança numa família de colorados, que aprendeu vendo o orgulho de alguns torcedores gremistas o que eu deveria ser quando crescesse, que me desculpe os colorados, mas os gremistas tem raça, mesmo pelo rádio eu ouvia os cantos altos e enlouquecidos dos gremistas fanáticos, e olha que eu não sou do tempo dos melhores títulos, mas foi nesse tempo que eu percebi que amor é uma coisa que vem de dentro.
Meu pai quis me comprar com camisas, minha mãe com incentivos, meu irmão com histórias de grandes vitórias, mas que eles me desculpem amor não é nada disso...

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sempre que eu vejo o sol nascer ao sair bem cedo de casa eu me vejo lá, sempre que algum passarinho canta na minha janela eu me vejo lá, sempre que a brisa toca em meu rosto eu me vejo lá, sempre que eu sinto saudades eu me vejo lá, sempre que eu fico arrependida eu me vejo lá, sempre que eu lembro do passado eu me vejo lá, sempre que as lembranças molham meus olhos eu me vejo lá, sempre que eu sinto cheiro de campo eu me vejo lá, sempre que vejo a pureza de uma criança eu me vejo lá, sempre que eu escuto uma história antiga eu me vejo lá, sempre que eu alço a perna e sento no lombo de algum cavalo eu me vejo lá, sempre que eu revejo fotos eu me vejo lá, sempre que eu me pergunto se fui feliz essa imagem é que me vem a cabeça como resposta, sim eu fui a pessoa mais feliz do mundo quando eu estava em casa...
Espero que todos nós ao olharmos nossas fotos antigas descubramos o quanto eramos ingênuos, puros, infantis, engraçados, espertos, brincalhões, sorridentes, felizes, amados, adorados, sinceros, misericordiosos, enfim, eu espero que nunca percamos essas qualidades. espero mesmo que elas façam parte da nossa essência e que as usemos sempre que for preciso, espero que sejamos felizes como eramos nessas fotos.

Esse é pra quem se criou na lida


Sinto falta de acordar com o canto dos passarinhos na janela as 6 da manha, pegar o leite recém tirado no 'taro' e levar pra dentro enquanto o velho pai larga a vaca e o terneirinho pro campo , sentar ao lado dos pais junto ao fogão a lenha e tomar um mate amargo e planejar a lida do dia. Depois do mate e de um café reforçado pegar os cavalos e largar pro campo com o velho pai, sentir o prazer de poder ajudar de aprender a se virar com as próprias mãos. Imitar tudo o que vê os mais velhos fazendo.
Sinto saudades também dos dias de marcação, todo mundo chegando enquanto ajudo a velha mãe a colocar a mesa do café e depois separar o gado dá jeito nas marcas e nos laços, mas não pode pialar o velho pai acha que moça não pode, então o jeito é matar a saudade dos parentes, tomar um suco de laranja e subir nos pés de laranjeira pra atirar as laranjas pra quem apara la em baixo levar pra cidade. te falo em saudade.
E dos dias de esquila então, preparar uma limonada pra agradar o pai.
E o irmão, brincar com o irmão no terreiro, estradinha, bolita, gado de osso, vaca parada, jogo de bocha que alegria ter com quem se divertir.
E quando chega a noite a "hora triste da campanha", não tem nada de triste é uma hora de contar causos e dar risada, jantar e procurar o quente das cobertas.
o nome disso que eu sinto é saudade mesmo.
só peço uma coisa quando eu ficar velhinha me levem de volta pra lá.